Mitos e verdades mais comuns sobre Alzheimer e demências
Descubra os principais mitos e verdades sobre Alzheimer e demências. Informação e apoio especializado podem transformar a vida com dignidade.
PSICOEDUCAÇÃO
Mauricio Maluf Barella
8/19/20252 min read
O Alzheimer e outras formas de demência ainda são cercados por muitos mitos, que podem dificultar o diagnóstico, gerar preconceito e até atrasar os cuidados adequados.
Desmistificar essas crenças é essencial para promover informação de qualidade e oferecer esperança às famílias.
Neste artigo, vamos esclarecer os principais mitos e verdades sobre Alzheimer e demências, com base em relatos de pessoas que vivem com a condição e evidências científicas recentes.
❌ Mito 1: "Perder a memória faz parte do envelhecimento"
É comum ouvir que o esquecimento é normal com a idade. Embora pequenas falhas sejam esperadas, a perda de memória progressiva e que interfere no dia a dia não é normal. Isso pode ser um sinal de demência e precisa de investigação clínica.
📌 Verdade: O envelhecimento saudável pode trazer lapsos de memória ocasionais, mas não a perda significativa da autonomia.
❌ Mito 2: "O diagnóstico é uma sentença de fim"
Muitas pessoas acreditam que receber um diagnóstico de Alzheimer significa perder toda a independência rapidamente. No entanto, cada pessoa tem um curso de evolução diferente, e intervenções precoces podem melhorar muito a qualidade de vida.
📌 Verdade: Com estimulação cognitiva, tratamento adequado e apoio familiar, é possível viver bem com demência por muitos anos.
❌ Mito 3: "Só idosos têm Alzheimer"
Embora a maioria dos casos aconteça após os 65 anos, também existe a chamada demência de início precoce, que pode afetar pessoas a partir dos 40 ou 50 anos.
📌 Verdade: A idade é o principal fator de risco, mas não o único. Histórico familiar, estilo de vida e condições cardiovasculares também influenciam.
❌ Mito 4: "Não há nada que se possa fazer"
Esse é um dos equívocos mais prejudiciais. Embora ainda não exista cura, existem muitos recursos para retardar os sintomas, melhorar a autonomia e dar suporte à família.
📌 Verdade: Atividade física, nutrição equilibrada, treino cognitivo, tratamento médico e suporte psicológico são fundamentais para manter a qualidade de vida.
❌ Mito 5: "Quem tem Alzheimer não pode mais se comunicar"
A fala pode se tornar mais difícil com a evolução da doença, mas isso não significa que a pessoa deixe de se expressar. Gestos, expressões e até o olhar podem transmitir sentimentos e desejos.
📌 Verdade: Adaptar a forma de comunicação é essencial. Falar devagar, usar frases simples e manter contato visual ajuda muito
🌿 Reflexão
As palavras, os gestos e o cuidado humanizado fazem toda a diferença. Viver com Alzheimer não significa perder o valor ou a identidade. Pelo contrário, significa buscar novas formas de conexão, propósito e dignidade.
Estudos mostram que informação e apoio reduzem o estigma e aumentam a adesão a tratamentos, impactando positivamente a jornada da pessoa e da família (WHO, 2023; Livingston et al., 2020 – The Lancet Commission on Dementia).
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Referências
World Health Organization (WHO). Dementia. 2023.
Livingston, G. et al. Dementia prevention, intervention, and care: 2020 report of the Lancet Commission. The Lancet, 396(10248), 413–446.
Alzheimer’s Disease International. World Alzheimer Report 2022.