Quando procurar um neuropsicólogo para avaliação de memória
Descubra quando procurar um neuropsicólogo para avaliação de memória. Identifique sinais de alerta e saiba como o diagnóstico precoce ajuda.
DIAGNÓSTICO
Mauricio Maluf Barella
8/20/20252 min read
A memória é uma das funções cognitivas mais valorizadas na vida diária, pois nos permite lembrar pessoas queridas, realizar atividades do trabalho, estudar e manter nossa independência.
No entanto, é comum que pequenas falhas de memória surjam ao longo do envelhecimento, o que pode gerar dúvidas: afinal, quando é apenas “normal da idade” e quando é preciso procurar ajuda especializada?
Neste artigo, vamos explicar quando procurar um neuropsicólogo para avaliação de memória, quais são os sinais de alerta e como esse processo pode ajudar na prevenção e no cuidado com a saúde cognitiva.
O que é a avaliação neuropsicológica?
A avaliação neuropsicológica é um processo clínico que investiga como estão as funções cognitivas (atenção, memória, linguagem, funções executivas), o comportamento e a emoção.
Para isso, o neuropsicólogo utiliza entrevistas clínicas, testes padronizados e questionários validados cientificamente.
O objetivo não é apenas identificar déficits, mas também mapear potencialidades e fornecer recomendações que ajudem o paciente e a família a lidarem melhor com os desafios do dia a dia.
Quando procurar um neuropsicólogo?
1. Esquecimentos frequentes que afetam o cotidiano
Dificuldade em lembrar compromissos, mesmo usando anotações. Perder objetos em lugares incomuns. Esquecer conversas ou informações repetidamente.
2. Mudanças comportamentais
Alterações de humor sem explicação clara. Irritabilidade ou apatia incomuns. Dificuldade em se organizar para tarefas simples.
3. Queixas vindas da família
Muitas vezes, quem está próximo percebe sinais antes do próprio paciente. Se familiares relatam mudanças na memória ou no comportamento, isso deve ser levado em consideração.
4. Fatores de risco associados
Pessoas com histórico de doenças cardiovasculares, depressão, estresse crônico ou casos de demência na família devem ter uma atenção redobrada e buscar avaliação ao primeiro sinal de alteração cognitiva.
5. Dúvidas sobre envelhecimento saudável x patológico
Nem todo esquecimento é sinal de demência. O neuropsicólogo ajuda a diferenciar alterações cognitivas benignas do envelhecimento natural de sinais de comprometimento leve ou início de doenças como Alzheimer.
O que a avaliação pode oferecer?
Diagnóstico diferencial entre depressão, ansiedade, envelhecimento saudável e demências.
Plano de intervenção com estratégias de reabilitação cognitiva.
Orientação para a família sobre como apoiar o paciente.
Encaminhamentos para outros especialistas quando necessário (neurologista, psiquiatra, geriatra).
Evidências científicas
Pesquisas mostram que a avaliação neuropsicológica precoce aumenta as chances de diagnóstico correto e de um tratamento mais eficaz (Albert et al., 2011; Charchat-Fichman et al., 2020).
Além disso, intervenções cognitivas realizadas logo após o início das alterações podem retardar o declínio e melhorar a qualidade de vida.
Conclusão
Buscar um neuropsicólogo ao notar alterações de memória não significa, necessariamente, que o diagnóstico será uma demência. Pelo contrário: pode ser uma oportunidade de intervenção precoce, de diferenciação entre causas e de maior qualidade de vida.
Quanto antes os sinais forem investigados, mais eficaz será o planejamento para cuidar da saúde mental e preservar a autonomia.
Se você ou alguém próximo apresenta dificuldades de memória ou mudanças cognitivas, agende uma avaliação neuropsicológica.
O diagnóstico precoce faz toda a diferença para manter a qualidade de vida.