Testosterona e Cognição

Como Esse Hormônio Pode Influenciar a Memória e o Envelhecimento Cerebral

PREVENÇÃO

Mauricio Maluf Barella

8/15/20253 min read

water droplets on a surface

A testosterona é conhecida principalmente por seu papel no desenvolvimento de características sexuais masculinas, mas seu impacto vai muito além disso. Esse hormônio também exerce influência importante sobre o funcionamento cerebral, incluindo memória, atenção, velocidade de processamento e funções executivas.

Nos últimos anos, pesquisas têm demonstrado que a testosterona pode desempenhar um papel protetor na cognição, especialmente durante o envelhecimento, e sua queda natural com a idade pode estar associada a maior risco de declínio cognitivo e demência, incluindo o Alzheimer.

Neste artigo, vamos explicar o que a ciência já sabe sobre a relação entre testosterona e cognição, e por que é importante ficar atento a esse fator no cuidado com a saúde do cérebro.

O que é a testosterona e como ela age no cérebro?

A testosterona é um hormônio esteroide produzido principalmente nos testículos (em homens) e em menores quantidades nos ovários e glândulas suprarrenais (em mulheres). Uma parte da testosterona é convertida em estradiol no cérebro, o que também contribui para efeitos neuroprotetores.

Entre as funções cerebrais influenciadas pela testosterona, destacam-se:

  • Estimulação da neurogênese (formação de novos neurônios)

  • Modulação de neurotransmissores, como a dopamina, essenciais para motivação, atenção e memória

  • Proteção contra danos oxidativos

  • Regulação de conexões sinápticas no hipocampo, região fundamental para a memória

Evidências científicas: testosterona e memória

Estudos com idosos mostram que homens com níveis mais altos de testosterona apresentam, em média, melhor desempenho em memória verbal e memória espacial. Pesquisas longitudinais também indicam que níveis adequados desse hormônio podem estar associados a menor risco de desenvolver doença de Alzheimer.

Por exemplo, uma pesquisa publicada no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism encontrou que homens com níveis mais baixos de testosterona tinham maior probabilidade de apresentar comprometimento cognitivo leve — condição que pode evoluir para demência.

Em mulheres, embora os níveis sejam naturalmente mais baixos, a testosterona também pode desempenhar um papel relevante na manutenção da atenção, na clareza mental e na prevenção da perda cognitiva após a menopausa.

Declínio da testosterona e envelhecimento cerebral

A partir dos 40–50 anos, a testosterona tende a diminuir gradualmente, processo conhecido como andropausa nos homens. Esse declínio pode afetar não apenas a saúde física (como força muscular e energia), mas também a saúde mental, aumentando o risco de:

  • Dificuldades de memória

  • Queda na capacidade de concentração

  • Desmotivação e sintomas depressivos

Em idosos, esses sintomas podem se confundir com sinais iniciais de demência, o que torna fundamental uma avaliação médica detalhada.

Tratamentos e cuidados possíveis

O tratamento da baixa testosterona pode incluir terapia de reposição hormonal, mas essa decisão deve ser tomada com cautela e sempre sob acompanhamento médico especializado, considerando os riscos e benefícios individuais.

Além disso, hábitos de vida saudáveis, como atividade física regular, alimentação balanceada e sono de qualidade, ajudam a manter níveis hormonais adequados e a proteger a função cognitiva.

Conclusão: a importância de investigar a saúde hormonal na prevenção do Alzheimer

Manter níveis equilibrados de testosterona pode ser uma das estratégias para preservar a memória e retardar o envelhecimento cerebral. Embora não seja o único fator envolvido, esse hormônio participa de mecanismos neuroprotetores importantes e merece atenção dentro de uma avaliação integral da saúde cognitiva.

Se você ou um familiar está apresentando esquecimentos frequentes, dificuldades para se concentrar ou alterações cognitivas associadas ao envelhecimento, é fundamental buscar orientação especializada.

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